Série Review: Drácula (2013)



Hello, guys!

Alguns meses atrás, enquanto passeava por um dos vários grupos do Facebook dos quais faço parte, me deparei com um post sugerindo essa série. Com link do site pra assistir online e tudo, a miniatura que havia para o vídeo era um dos pôsteres oficiais da série, que, por mais incrível que pareça, é a única série sobrenatural que eu assisto além de “The Vampire Diaries”. O que me chamou atenção nesse pôster (imagem abaixo) foi a presença do muito bem conhecido no universo YA Jonathan Rhys Meyers, o famoso Valentim Morgenstern da série “Os Instrumentos Mortais” (de Cassandra Clare), que imediatamente deduzi ser protagonista da série. Também, né... 

Depois de dias de olhares recíprocos àquele post, curiosidade, além do ócio das curtas férias escolares, decidi finalmente assistir, mesmo não tendo nenhum conhecimento draculeano além do boca a boca popular e do que sei sobre o Drácula viciante de Jeaniene Frost.




Sinopse:
É o final do século 19, e Dracula (Jonathan Rhys Meyers), misterioso empresário americano de nome Alexander Grayson, chegou em Londres, no intuito de trazer a ciência moderna para a sociedade vitoriana. Ele está especialmente interessado na nova tecnologia de energia elétrica, que promete iluminar a noite – útil para quem evita o sol. Mas ele tem outra razão para suas viagens: ele espera se vingar de quem o amaldiçoou com séculos de imortalidade. Tudo parece estar indo conforme o planejado … até que ele se apaixona por uma mulher que parece ser a reencarnação de sua falecida esposa.

Bem, se você espera uma série extremamente gótica com um Drácula em crise ideológica, uma mocinha tola que hiperventila umas 20 vezes a cada episódio e que tem uma amiga fidelíssima e também um fiel escudeiro em um cavalo branco, desista completamente. Essa série vai lhe entregar de bandeja personagens misteriosos, intrigantes e não tão altruístas como se costuma ver na ficção atualmente. Cada um tem suas próprias ambições, vontades e objetivos, e a maioria não tem receio algum de quebrar alguns ovos para conseguir o que quer.

Nosso protagonista é um vampiro precedido por sua fama e temido por onde se ouve falar dele. Com certeza faz parte do time “quebra ovos”, mas eu diria que em uma humilde terceira posição. Não pela falta de ambição, mas sim por quantos ovos ele está disposto a quebrar. Mas não se deixe enganar pela pose austera e enigmática do Sr. Grayson: Do mesmo jeito que consegue se portar como um lorde, não esquece seus antigos costumes e sabe fazer uma empalação como ninguém.

O Professor Abraham Van Helsing (Thomas Kretschmann) foi um dos personagens que mais me surpreenderam ao longo da série. Não por não estar contra o Príncipe das Trevas e sim aliado a ele, mas principalmente por ser mais multifaces do que o próprio o protagonista. Por seus próprios motivos, é claro, mas aliado mesmo assim. Prestem muita atenção nele.

Se forma então uma parceria entre dois homens quebradores de ovos e com sede de vingança, quase perfeitamente construída ao longo de dez anos com dinheiro, alianças e informações privilegiadas bem embaixo do nariz de uma imponente Londres vitoriana ávida por progresso. Não é nada menos do que oportuno o surgimento do empresário Grayson com uma nova forma de iluminar a noite londrina. E é com essa influência e cada vez mais poder que esses homens pretendem acabar com o mal que deu origem ao Príncipe das Trevas.

Jonathan Rhys Meyers como Drácula.
As ladys da trama não poderiam ser mais diferentes umas das outras: Mina Murray (Jessica De Gouw) é uma jovem corajosa, sem nenhum daqueles “mimimis” das moças vitorianas e que, ao contrário de quase todas as mulheres da época, não tem o sonho de ser estritamente uma dona de casa, então está buscando se tronar médica. Lucy Westenra (Katie McGrath) é a própria moça vitoriana estereotipada e com uma grande paixão não correspondida. É o oposto de Mina e, mesmo assim, as duas são melhores amigas. E a mais divergente de todas é Lady Jane (Victoria Smurfit), uma mulher casada (mas o marido dela não aparece a temporada toda), muito comentada na sociedade, elegante, sexy e que é uma caçadora de vampiros durona, mas rapidamente cai nos encantos de Alexander.

Os dois últimos personagens do elenco principal são R.M. Renfield (Nonso Anozie) e Jonathan Harker (Oliver Jackson-Cohen). O primeiro é um advogado astuto e inteligentíssimo que é valete, braço direito, até mesmo amigo e muitas vezes a voz da consciência de Grayson. Renfield chegou a esse posto por uma infelicidade oportuna. Harker é redator de um jornal não muito popular e namorado de Mina. Curioso, levemente ambicioso e que começa a trabalhar para Alexander relativamente cedo na trama. Fiquem de olho nele.

Outro ponto importante da série são os vilões. Não há exatamente um lado bom ou ruim, há pessoas fazendo coisas boas e ruins em nome do que acreditam, então escolha o seu lado. O conceito de bem e mal não é uma das coisas que essa série vai lhe entregar prontamente, porém ela não te poupará de sangue, suor e lágrimas, ação (incluindo a caliente), surpresas e deduções assustadoras, tendo como pano de fundo um cenário sombrio e magnético que vai te fazer querer ver os poucos 10 episódios de uma só vez. E, conforme a série vai chegando ao fim, as máscaras caem e as consequências dos atos dos nossos belos personagens nos prometem uma ótima segunda temporada (mas nada sobre isso foi confirmado ainda).

Por fim, você deve estar se perguntando sobre o romance da série. Ele aparece de forma sutil, porém sensual, nesta primeira temporada. Foi muito insinuado, porém não muito exibido. É como se dissesse "Ei, espere só a segunda temporada! Prometo comparecer mais”.

Pegue sua cartola ou leque e aproveite as atrações da noite londrina, mas cuidado para não acordar com punções no pescoço, hein!


XOXO


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