O Lado bom da Vida, de Matthew Quick

Pat tem 35 anos, uma mentalidade adolescente e um carisma para conquistar qualquer leitor.

            Depois de cometer um crime contra sua ex-esposa, Nikki, Pat vai para um sanatório, que é chamado de “lugar ruim”, e a saída de lá para a casa de seus pais marca o início do livro.
            Pat não se lembra de crime algum e muito menos acredita que ele e Nikki estão definitivamente separados... Ao contrário, Pat acha que ele e sua ex só estão passando por um “tempo separados” e Pat vive por Nikki, decidindo adotar hábitos que sua ex-esposa já queria que tivesse adotado há muito, como perder peso e ler livros para parar de ser chamado de “iletrado” pelos amigos professores de Nikki, que leciona Inglês em uma escola na Filadélfia.
            Em um jantar formal na casa de seu amigo, Ronnie, Pat conhece a cunhada de Ronnie, Tiffany, e, a partir daí, os dois começam a se relacionar - e a correr juntos, já que Tiffany parece saber os exatos horários das corridas de Pat - e o livro não para de se desenvolver em uma trama realmente cativante e gostosa de ler.
            Tiffany também tem problemas psicológicos e, mais que ninguém, entende Pat, suas crises, sua condição social e, acima de tudo, sabe quão difícil é o processo de estabilização mental. Pat vive a vida procurando enxergar o lado bom de tudo.
            Ao meio da história, Tiffany faz uma proposta que é basicamente irresistível a Pat: ser o elo entre ele e Nikki. Em troca, Pat tem que ajudar Tiffany com um concurso de - pasmem - dança para ex-depressivos.
            Os personagens da história têm características bastante marcantes e individuais. O pai de Pat, o senhor Pat - quem não conhece uma família com um Fulano Pai e um Fulano Filho? -, tem o humor determinado pelas vitórias ou derrotas do time de futebol da família, os Eagles. Já a mãe chora em qualquer situação: seja tristeza, alegria ou tédio... lágrimas.
            O final da história não é muito surpreendente, mas a impressão que tive é de que a história não foi planejada para ter um final de cair os queixos, e sim um enredo cativante e apaixonante em seu total. Que fique bem claro que o final não é CHOCANTE, mas é bastante bem feito e os sorrisos ainda saltam pelo rosto durante a leitura.
            O livro foi publicado aqui no Brasil pela Intrínseca e recebeu uma capa tie in com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, que protagonizaram o filme baseado no livro como Pat e Tiffany, respectivamente. Jennifer recebeu o Oscar 2013 de Melhor Atriz pela adaptação de O Lado Bom da Vida e o filme já virou sucesso no mundo todo. O romance foi publicado em 2008, mas a maior parte de seu reconhecimento se deve à sua adaptação cinematográfica. O sucesso é recente, mas a história se passa em 2006/2007.
           256 páginas rápidas com uma narrativa leve e bem humorada, situações inusitadas e nota:
     
            Ahhhhhhhhhhhhhhhhh. E-A-G-L-E-S, EAGLES!!!!!!   
  
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2 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhh. E-A-G-L-E-S, EAGLES!!!!!!

    O livro tem uma narrativa realmente muito leve, mas temos que concordar que por ser escrito pelo ponto de vista do perturbado Pat é muito repetitivo... Parabéns pela resenha =)

    Relíquias
    http://reliquiasaline.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi, Aline!
      Então, talvez isso também tenha influenciado na estrela que ele perdeu para mim! Seria interessante uma troca de pontos de vista (como acontece com Extraordinário, por exemplo), e o livro seria muuuito melhor! Imagina um capítulo super depressivo com a narração da mãe de Pat? haha
      Muito feliz que você gostou! :DDD
      Abraços, Lima

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