A Idade dos Milagres, de Karen Thompson Walker


Cativante ao extremo. LEIAM. Apenas.


            Bastou que eu lesse uma resenha desse livro para que ele chamasse minha atenção. Chamasse não, gritasse por atenção. A proposta bastante original e o tema com uma pitada apocalíptica me cativaram de cara e decidi comprá-lo o quanto antes. Assim que o fiz e comecei a ler, estava feito: iniciou-se uma bela história de amor entre eu e o livro.
            A Idade dos Milagres fala sobre os conflitos da adolescência. E também sobre a desaceleração da Terra. Não, muito confuso. Vamos do começo.
            O livro fala sobre a vida de Julia, uma pré-adolescente californiana que vive uma vida comum e pacata com seus pais. Só que as coisas nunca vão bem por muito tempo: de uma hora para outra, os problemas típicos da adolescência começam a surgir de uma vez e, para piorar, o mundo inteiro fica em pânico por causa da desaceleração do planeta, que começa a girar mais devagar e tornar os dias e noites mais longos que o normal.
            Confesso que fiquei, ao mesmo tempo, curioso e apreensivo. Os dois temas parecem não ter muita relação entre si, além desse ser o primeiro livro da autora. Mas, felizmente, minhas expectativas foram totalmente superadas. Karen conseguiu equilibrar esses dois aspectos muito bem, a ponto de o livro conseguir agradar tanto aos fãs de ficção científica quanto aos de livros YA.
            Os efeitos causados pela desaceleração da Terra são muito convincentes e é perceptível o trabalho de pesquisa feito pela autora para construir bem esses elementos. Já os dramas vividos pela protagonista são apresentados de forma angustiante e realista, sendo que me identifiquei em várias partes do livro com as situações pelas quais ela passava.
            Outro fator impossível de não ser notado é a evolução da protagonista ao longo do livro. De garota ingênua e passiva, Julia passa por várias situações - que não vou citar aqui, porque são daquelas que é melhor descobrir sozinho - que mudam seu jeito de ser e de enxergar o mundo, tornando-a uma personagem forte e determinada no final. É uma das personagens com o melhor desenvolvimento que conheço (provavelmente só perdendo para a Tris, de Divergente).
            A edição do livro também está boa. A única coisa que notei foi que as letras são um pouco pequenas – nada de mais, apenas menor que o “normal” – e, às vezes, a leitura parecia não render muito. Fora isso, tudo ok. Principalmente a capa, que tem design e simbologia interessantes e, de quebra, brilha no escuro.

A Idade dos Milagres te seduz no escuro

              Enfim, A Idade dos Milagres é um livro lindo. Eu poderia escrever dezenas de parágrafos elogiando-o, mas espero que todos vocês leiam e possam saber do que eu estou falando. Essa história é daquelas que, quando se lê no momento certo, se torna uma companheira para a vida toda. É o que aconteceu comigo e, justamente por isso, leva a nota máxima.

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