Philip Pullman
Editora Objetiva
ISBN: 9788539005321
Ano: 2013
Páginas: 300
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Sinopse:
Em "A Faca Sutil", Lyra viaja para Cittàgazze, um mundo assombrado onde conhece Will. Juntos eles vão de um mundo a outro, encontram um objeto de poder extraordinário e descobrem a verdade sobres seus destinos. Numa narrativa envolvente, Pullman conduz o leitor a um mundo mágico. Acompanhando a jovem Lyra, que se lança numa busca desesperada e enfrenta terríveis obstáculos quando seu amigo Roger desaparece, o escritor nos apresenta um universo de fantasias onde os daemons correm pelas ruas de Oxford e Londres...onde um redemoinho de poeira misteriosa está por toda parte, tornando possível às crianças conhecerem segredos que os adultos dariam tudo para desvendar.
Desde a resenha de A Bússola de Ouro, estou ansioso por esse texto: finalmente a análise de A Faca Sutil, segundo livro da trilogia Fronteiras do Universo, do Master Lorde da Galáxia Philip Pullman.
Não há modo de falar sobre a história sem dar spoilers, até porque todo o enredo do segundo livro é uma consequência direta do final do primeiro, então, caso você não queira saber sobre a história, pule os próximos 2 parágrafos e seja feliz! ;)
A Faca Sutil introduz um novo personagem, chamado Will, que inicialmente não me pareceu promissor, mas que, no decorrer do livro, acaba se tornando um dos maiores prós do volume. Will vive com a mãe, uma moça aparentemente perturbada, e é perseguido por alguns homens, tendo que fugir constantemente. Will acaba, em uma dessas fugas, achando uma “janela” suspensa no ar – não entenda janela como uma janela convencional, mas como um vácuo, algo assim. Entrando nessa janela, Will descobre um novo mundo e – ó, que surpresa – é nesse mundo que ele encontrará a garotinha mais corajosa e aventurada que a história já mencionou: Lyra da Língua Mágica.
Will e Lyra passam por diversas aventuras e encontros com pessoas desagradáveis, aprendem mais coisas sobre o pó e sobre um item relacionado ao Aletiômetro, uma suposta Faca que pode cortar tudo, até passagens para outros mundos. Enquanto isso, Lorde Asriel está em algum mundo construindo uma fortaleza, se tornando tão forte que há indícios de que ele vá desafiar o próprio Deus a um duelo. Seres de todos os cantos se preparam para uma batalha.
A Faca Sutil ultrapassou A Bússola de Ouro em inúmeros sentidos. A narrativa? Mais ágil e delicada do que nunca. Os personagens? Mais cômicos, dinâmicos e perigosos. O enredo? Uma mistura de “onde é que isso vai terminar” e “NÃOACREDITOQUEISSOACONTECEUCOMOASSIMTENHOQUELERDENOVO”.
Philip finalmente entendeu que a série poderia ser mais que o plot principal e parte com insanidade para as referências político-religiosas. Diversas pistas e discussões implícitas são deixadas como easter-eggs em todo o livro, muitos personagens não medem a língua para expor suas opiniões sobre o Magistério e a crítica definitivamente não passa despercebida: a podridão camuflada de supostas boas intenções.
Ao contrário das trilogias convencionais, o volume "do meio" desta aqui não é apenas uma "ponte" entre o primeiro e o terceiro livros, mas uma continuação mais que digna de uma história cheia de mistério, humor, aventuras, lutas e, mais que isso, missões all over. Lyra e Will têm que buscar coisas, encontrar pessoas, espionar, fugir, tudo isso com um mundo (ou vários, rsrsrs) de coisas acontecendo no plano de fundo.
De fato, nossa ilustre Editora não poderia estar mais correta que isso: a série parte do bom para o melhor. Altas expectativas estão envoltas em A Luneta Âmbar, terceiro e último volume. Espero que me restem algumas unhas depois de tudo e que Lyra finalmente resolva seus problemas com seus pais, seus aliados e, principalmente, seus inimigos ambiciosos que aparentemente não podem esperar para botar as mãos em sua preciosa bússola da verdade.
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