Termine Este Livro, de Keri Smith

Keri Smith
9788580575729
Editora Intrínseca
1ª edição - 2014
208 páginas

Sinopse:
Keri Smith, autora de Destrua este diário, estava passeando por um parque quando encontrou um livro de conteúdo profundamente misterioso. As páginas, soltas e embaralhadas pelo vento, pareciam incompletas, e a capa, quase ilegível, exibia as palavras “Manual de instruções”. Diante desse material curioso, ela decidiu transferir para outra pessoa o desafio de decifrar o que há por trás dessa história estranha. E é você, leitor, quem tem a missão de completar o conteúdo da obra desconhecida. Mas não se preocupe: Smith jamais o deixaria desamparado. Antes de revelar os segredos desse estranho manual, você precisa passar por um treinamento intensivo nas artes da espionagem e da investigação. Aprenda a decodificar mensagens criptografadas, reconhecer padrões ocultos no ambiente e usar a criatividade para dar a objetos comuns utilidades extraordinárias. Mais que um meio de estimular a imaginação, “Termine Este Livro” é uma reflexão delicada sobre a interação entre o leitor e a obra e como os livros se entrelaçam com nossas vidas.

Hello, sweeties

Hoje venho contar a vocês da minha experiência um tanto inusitada com “Termine Este Livro”, da Keri Smith. Chega mais.

Conheci a obra pelo facebook da editora aonde li a sinopse e super me interessei. Após namorá-lo pela Saraiva do shopping próximo à minha casa e algumas conversas entre os Ourives, pedi ele à Intrínseca.

Quando li a sinopse e levei em consideração o título do livro, “Termine Este Livro”, imaginei que a autora começaria algum tipo de enredo e caberia ao leitor terminá-lo. Que ela daria algumas dicas, sugestões, opiniões sobre métodos de escrita, fontes de inspiração, etc. Que falaria do horrendo bloqueio criativo, que é um mal que assola, se não todos, muitos escritores. Mas, pela realidade do livro, suponho que “Complete Este Livro”, cairia como um título bem melhor.

Curioso que, diferente do habitual, não li nenhuma resenha sobre ele (nota mental: nunca mais fazer isso) ou o folheei na Saraiva, mas fazer o quê, né? Pois bem, comecei-o. Nome, cidade, país, fazer um desenho inusitado, desenhar uma placa de não perturbe e, daí pra frente, percebi que ele é na verdade uma sucessão de exercícios que, creio eu, sejam para estimular a criatividade ou algo assim.

Quando ele pediu que eu saísse pela rua olhando pelo chão para reparar em coisas que eu nunca tinha prestado atenção antes, eu fiquei tipo “wtf?”. E também havia muitas coisas para estimular o instinto investigativo que eu definitivamente não tenho. Então passei a fazer adaptações usando a imaginação e escrever pelo livro opiniões sobre o que ele pedia. Ele pede muito desenho, boa vontade (até de mais) e paciência. O que, depois de estar tempos com ele em mãos sem ter nenhum resultado satisfatório, já não existia mais.

Quando cheguei à quarta e última parte do livro, folheei e vi que ele manteria o mesmo modus operandi das partes anteriores, desisti. Sendo que essa quarta parte é mais ou menos metade do livro :/ E eu detesto não terminar um livro, acreditem.

Criei muitas expectativas, que infelizmente não foram atendidas. Minha decepção com esse livro rivaliza com a do "A Casa das Orquídeas", da Lucinda Riley. Eu os considero como livros de impulso/embalo. Você começa com todo o gás do mundo e, conforme o tempo passa, desanima.

Mas, como costumo ser otimista, vou lhes dar uma sugestão/dica: não façam o livro sozinhos, Chamem um grupo de amigos pra fazê-lo com vocês (o que pretendo fazer num futuro distante). Assim, a atividade (?) vai ser bem mais divertida e dinâmica, com várias idéias e mentes diferentes opinando e trabalhando juntas. Ah, e sem pressa, por favor. Competir com o relógio é péssimo para a criatividade.

E aí, o que acham? Vai valer a pena terminar este livro? Conta pra gente!
Xoxo

P.S.: Agradecimentos aos meus amigos Giovana Santoro, Gabriel de Paulo e Lucas Alves, que me ajudaram, e à Editora.


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