Garota Exemplar, de Gillian Flynn

Gillian Flynn
ISBN: 9788580572902
448 páginas (1ª edição - 2013)
Editora Intrinseca
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Sinopse:
Uma das mais aclamadas escritoras de suspense da atualidade, Gillian Flynn apresenta um relato perturbador sobre um casamento em crise.
Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino?
No ano passado, ganhei de presente o livro Garota Exemplar, que, então, era um lançamento recente da Intrínseca. Mas o livro acabou indo parar na minha não tão pequena pilha de livros a serem lidos e lá ficou por meses. Já faz mais de um ano que o ganhei e só agora fui lê-lo, e estou me odiando por ter deixado este livro incrível acumulando pó por esse tempo todo.

Este ano tem sido muito bom em termos de leituras. Já experimentei alguns gêneros e autores bem diferentes daqueles com os quais estou acostumado, e Gillian Flynn e seu livro estão entre eles. Acho que Garota Exemplar foi meu primeiro mistério propriamente dito. Nunca li Agatha Christie – crucifiquem-me –, mas o sentimento que tive lendo Flynn foi o mesmo sobre o qual já vi as pessoas comentarem ao ler os livros dela: aquele desejo imenso de dar uma espiada na página final pra finalmente saber como a trama se resolve. A curiosidade estava me matando durante a leitura.

Garota Exemplar é contado em primeira pessoa, em capítulos alternados entre a visão de Nick Dunne e a de sua esposa, Amy Elliot (Dunne). A história começa no dia do quinto aniversário de casamento do casal, que é também o dia em que Amy desaparece. Os capítulos de Nick nos contam o presente, o desenrolar das investigações e toda a comoção que o sumiço de sua esposa causou, enquanto os de sua esposa são constituídos de entradas de seu diário, flashbacks de anos anteriores ao acontecido. Amy nos conta a história de seu casamento com Nick, desde o dia em que os dois se conheceram. É muito difícil falar sobre a destreza com que a autora construiu a história sem a estragar para os futuros leitores. À medida que os capítulos vão passando, as investigações começam a apontar na direção de Nick. A polícia e todos começam aos poucos a achar que ele matou a esposa.

Gillian Flynn é GENIAL. No decorrer da história, ela brinca com a cabeça do leitor, nos fazendo desconfiar ora de um, ora de outro, para então nos puxar o tapete com um puta plot twist. As entradas no diário de Amy vão ficando mais recentes à medida que a história avança, e o leitor sabe que chegará um momento em que elas chegarão ao “Dia do” – que é como o livro chama a data em que Amy desapareceu. Isso contribui para aumentar o suspense – como se fosse mesmo necessário –, além da investigação policial sobre o desaparecimento e algumas entradas suspeitas no diário que nos fazem desconfiar ainda mais de Nick. A pergunta que permeia a nossa cabeça na maior parte do tempo durante a leitura é: afinal, ele matou ou não matou a esposa?

Gillian Flynn construiu personagens absurdos. Todos são milimetricamente calculados e executados com maestria. Nick, que conhecemos muito bem durante a primeira metade do livro, é um ótimo exemplo disso. É uma figura complexa, com um background bem sólido, com vontades que o movem, com sentimentos, com qualidades, defeitos, vergonhas, orgulhos e, é claro, segredos. Em seus capítulos, ele não confessa se matou ou não, mas também não deixa de levantar suspeitas sobre si mesmo. O livro foi bem orquestrado nesse sentido, para conduzir o leitor numa trilha crescente de suspense que tem um ápice que não é desse mundo. Ao concluir a leitura e pensar sobre a história, é possível ver o quão bem pensado e organizado foi o livro. O quão bem Gillian Flynn o executou para brincar com a nossa mente, confundir-nos para encerrar tudo com uma pancada na cabeça digna de Mr. Punch. “É assim que se faz!”. Esse livro foi um dos melhores que li em tempos e, por um momento, ameaçou tirar o trono de Precisamos falar sobre o Kevin de melhor leitura do ano. Garota Exemplar definitivamente me tirou a vontade de me casar, e me deixou com um pouco de medo das pessoas – e, talvez, da autora também.

Garota Exemplar vai ganhar ainda este ano sua adaptação para o cinema, que recentemente teve segundo trailer liberado. Você pode conferi-lo aqui.


Quem ficou com vontade de ler o livro põe o dedo aqui, que já vai fechar pode comemorar, porque nós vamos sortear um exemplar dele, em parceria com a Editora Intrínseca! \o/ 

Para participar, você só precisa preencher o formulário no rafflecopter aqui embaixo e seguir estas regrinhas:
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PROMOÇÃO ENCERRADA!

Nosso vencedor foi o Renan Esteves. Renan, nossa equipe entrará em contato com você o mais rápido possível pra pegar o seus dados, e o livro será enviado diretamente pela Editora Intrínseca. Esperamos que goste! ;) E, pra quem não ganhou, fiquem ligados que em breve tem mais!

8 comentários:

  1. Só em você ter citado Agatha Christie, já me deixou com vontade de ler esse livro, pois sou fã desse estilo literário. Adoro essa sensação de mistério e pelo visto você também passou a gostar rs. Parabéns pelo blog, sua resenha ficou muito boa. Bjs

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  2. Sou super curiosa com esse livro... Espero que consiga ganhar pra enfim ler ;)

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  3. Adorei a resenha!Eu devo dizer que tive um certo preconceito com esse livro quando o vi pela primeira vez, mas depois vi o trailer do filme e li esta resenha e estou super animada para lê-lo!O livro me lembrou muito "Martini Seco" de Fernando Sabino,ambos retratam a trama de um homem que pode ,ou não, ter assassinado sua esposa, e tenho uma sensação que o final será parecido....

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  4. Participando e ansiando par ler e assistir!

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  5. Gostei muito da resenha. O primeiro livro desse gênero que lembro ter lido foi O Chamado do Cuco e gostei bastante. Esse também parece ser ótimo, bem estruturado e cheio de mistérios.

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  6. Legal sua alusão à Agatha Christhie, porque a primeira grande surpresa do livro, que deixou tanta gente de queixo caído já foi usada inúmeras vezes pela rainha do crime. A Gyllian escreve muito bem mesmo, mas não curti o fina. Acho que ela escolhe o caminho mais fácil, ao invés de uma reviravolta.

    Oi Nicolas, adoro o King, mas sempre deixei esse livro de lado por não gostar de zumbis. Acho morto vivo muito nojento. Mas foi legal saber pela sua resenha que os fonáticos fogem ao conceito clássico dessas criaturas. Já vou colocar em minha lista. valeu a dica. No meu blog há uma resenha sobre o seu novo livro, além de muitas listas incluindo o autor. Se quiser conferir.

    http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/

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