Princesa Adormecida, de Paula Pimenta

Paula Pimenta
ISBN: 9788501034205
Editora: Galera Record
Edição: 1 / 2014
192 páginas
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Sinopse:
Era uma vez uma princesa... Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida. Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única. Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim...

Este foi o meu primeiro contato com a autora brasileira. A fama de Paula Pimenta entre os leitores sempre me instigou bastante, diferente da proposta dos livros. Após meses dedicados a Ficção Científica, decidi optar por livros mais leves. Vi Princesa Adormecida, lançamento da Galera Record, por um preço excelente e não resisti.

Princesa Adormecida foi uma das leituras mais rápidas e fluidas da minha vida, perdendo apenas para A Escolha, de Kiera Cass.

A proposta do livro é bem clara e não exige explicações prolongadas. Aliás, peço que não procurem muitas informações antes de começarem a ler. Mesmo sendo um reconto contemporâneo de A Bela Adormecida (e isso já é informação suficiente), é bom se surpreender com as situações criadas (brilhantemente!) pela autora. Por isso, pretendo ser o mais breve possível.

Anna Rosa, que na verdade é Áurea Roseanna, tem dezesseis anos e é filha de Stefan (descendente da família real do Principado de Liechtenstein) e de Doroteia, uma brasileira. O conflito central começa com o casamento dos dois, que se conheceram na França através de Marie Malleville. Acontece que Malleville, apaixonada por Stefan desde criança, vê-se substituída por Doroteia e jura vingança ao casal, tendo Áurea como principal alvo.

Após o quase sequestro da filha, Stefan e Doroteia forjam a morte de Áurea e enviam-na ao Brasil para morar com os três tios superprotetores: Florindo, Fausto e Petrônio. Já no país natal de Doroteia, Áurea, agora Anna Rosa, cria laços fortíssimos com seus três pais postiços, faz amizades incríveis e até esquece o próprio passado, considerando-o somente outra história de ninar quase fatídica que seus tios costumavam contar para ela, fingindo uma veracidade inexistente.

  A superproteção de Florindo, Fausto e Petrônio passa a ser um problema quando Rosa se torna adolescente. Os três, cientes do perigo que a sobrinha correria se as pessoas erradas descobrissem seu paradeiro, decidem deixá-la sair, mas impõem algumas condições que Rosa decide ignorar ao trocar mensagens com Phil, um rapaz até então desconhecido.

Com direito a linhagem real, vilã e um candidato a príncipe-encantado, o livro começa (e termina) muito bem, com cenas fofas, inusitadas e gostosíssimas de se ler. São tantas coisas incríveis acontecendo que você até esquece a tragédia pré-anunciada pela própria proposta do livro: a Bela, em algum momento, precisa adormecer.

Com várias referências à história original, Princesa Adormecida supera todas as expectativas (baseadas no pressuposto de que tudo será incrivelmente igual) e toma rumos totalmente inesperados, acarretando desfechos dignos de um conto de fadas do século XXI.

2 comentários:

  1. Essas foram exatamente minhas sensações ao ler o livro, Ana! Como a Paula conseguiu fazer de um reconto uma história com tantas coisas inusitadas e que me surpreenderam (e partiram meu coração)? Entrou pra lista de uma das melhores leituras nacionais do ano e uma das minhas preferidas de princesas <3
    Beijinho :*

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    1. Aw. Que bom que consegui transmitir isso, Mari. *-* Também não faço ideia. Uma história tão simples e curta, porém tão incrível e angustiante. Foi pra lista de favoritos. <3 Obrigada mais uma vez pelo comentário! Continue acompanhando o blog. ;*

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